quarta-feira, 25 de maio de 2011

Professora Lucimar Pereira Dri está divulgando “Carta Aberta” sobre a proposta do governo para pagamento do piso salarial.

PROFESSORES "OTÁRIOS"?


Ter, 24 de Maio de 2011 21:06

Professora Lucimar Pereira Dri está divulgando “Carta Aberta” sobre a proposta do governo para pagamento do piso salarial. Diz que os professores com especializaçao se sentem “otários”. Veja porque:



“Muito prazer, meu nome é otário. Na ponta dos cascos e fora do páreo. Puro sangue, puxando carroça.” (Engenheiros do Havaii)

É assim que a maioria dos professores se sentem. Otários que estudaram os onze anos regulares, e outros, como eu, que estudaram doze anos, depois fizeram vestibular, frequentaram uma universidade durante longos e árduos quatro anos e meio, como todas as outras graduações, após fizeram uma, duas, três especializações e veem profissionais de outras áreas ocupando as suas vagas, ministrando aulas como “bico”.

Nós somos professores de várias áreas do conhecimento e somente podemos exercer essa função específica. Como então aceitar essa invasão de “mestres”, usando a nossa profissão como uns trocados a mais.

Sim, porque o que recebemos, pelo nosso trabalho, não é salário, segundo esses profissionais que anualmente ocupam nossas salas de aula.

Temos vários eixos temáticos para desenvolver durante o ano, além, é claro, de nossos conteúdos específicos.

Tratamos de educação sexual, doenças sexualmente transmissíveis, conflitos de gênero, preconceitos, racismo, homofobia, relacionamentos familiares, conservação do planeta, música, dança, folclore brasileiro, diversidade etnicorracial brasileira (sobre a qual estou terminando uma pós-graduação), história da África (um resgate histórico). Isso para falar só de conceitos amplos, pois temos muitos outros tantos conceitos específicos que também fazem parte de nosso currículo anual.

Sendo que para isso frequentamos cursos sobre os temas a serem desenvolvidos, palestras com profissionais da área e oficinas entre outras capacitações.

E cumprimos nossa missão com louvor, pois ainda conseguimos bons resultados com a maioria de nossos alunos e oferecemos ainda o conhecimento de matemática, língua portuguesa, história, geografia, ciências, inglês, espanhol, química, biologia e demais conteúdos.

Observe o senhor que isso ocorre em salas de aula tumultuadas, com inúmeros problemas familiares, desencontros, descasos, abandonos e sentimentos conflitantes próprios da infância e da adolescência.

Sem falar de outros problemas mais estressantes como profissionais com tripla jornada de trabalho para somar um salário digno.

Profissionais trabalhando doentes, como eu que tenho dois nódulos nas cordas vocais, mas que se sair de sala de aula para tratamento, vejo meu parco salário cortado pela metade.

Profissionais esgotados com tanto descaso, tratados como otários que ousaram sonhar em construir uma carreira brilhante como a de outros ex-universitários.

A televisão em suas veiculações de começo de ano nos imputa o papel de pilar da sociedade em várias línguas de diferentes sotaques. Olhamos essas cenas televisivas embevecidos, com os olhos marejados de concordância e constatação da veracidade dessas palavras.

Então se a importância de nossa existência é tão determinante na formação de uma sociedade, porque essa mesma sociedade nos vira as costas e finge que as reivindicações dos profissionais da educação não são prioritárias?

Estamos desesperançados com esses representantes políticos eleitos, na maioria das vezes, por nós professores que fazemos frente em todos os atos decisivos em nosso núcleo escolar.

Eu sou professora, porque tenho vocação e formação e exijo ser respeitada como uma profissional comprometida e capacitada e, portanto merecedora de um salário como o de outros profissionais de igual graduação universitária.



Professora Lucimar Pereira Dri.”



FONTE: Blog de Moacir Pereira.





ABDIAS NASCIMENTO

Foto: Divulgação / Blog Do Olhar Negro

Abdias do Nascimento: Brasil perde pioneiro na militância contra o racismo

Abdias do Nascimento: Brasil perde pioneiro na militância contra o racismo


terça-feira, 24 / maio / 2011 by Daiane Souza

Foto: Divulgação / Blog Do Olhar Negro
Abdias do Nascimento

Por Daiane Souza*
O Brasil perdeu nesta terça-feira, 24 de maio, um de seus maiores líderes: Abdias do Nascimento, um dos pioneiros na luta contra a discriminação racial. Aos 97 anos, o ativista na denúncia do preconceito e na defesa dos direitos dos afrodescendentes pelo mundo não resistiu às complicações cardíacas que o levaram a uma internação no último mês, no Rio de Janeiro.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, expressa gratidão e seu profundo pesar: “estamos enlutados pelo falecimento de Abdias, mas haveremos de continuar sua luta para que o Brasil acabe definitivamente com o racismo, o preconceito e a discriminação racial, e que todos os descendentes de africanos que vivem no Brasil tenham igualdade de oportunidades para que possam acessar os bens econômicos e sociais”.

Abdias, deixa uma legião de seguidores inspirados em sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos.
POETA DA IGUALDADE – Nascido em 1914 no município de Franca, Estado de São Paulo, Abdias foi filho de Dona Josina, a doceira da cidade, e Seu Bem-Bem, músico e sapateiro. Embora de família pobre, conseguiu se diplomar em contabilidade em 1929. Aos 15 anos alistou-se no exército e foi morar na capital paulista, onde anos depois se engajou na Frente Negra Brasileira e se envolveu na luta contra a segregação racial.
Dramaturgo, poeta e pintor, atuou também como deputado federal, senador e secretário de Estado, cargo no qual desenvolveu aspectos dessa luta. Autor das obras Sortilégio, Dramas para Negros e Prólogo para Brancos e O Negro Revoltado, relatou nos livros as realidades quilombolas e levantou temas como o pensamento dos povos africanos, combate ao racismo, democracia racial e o valor dos orixás nas religiões de matriz africana.
MILITÂNCIA – Com uma trajetória marcada pelo ativismo, Abdias conseguiu importantes resultados de suas iniciativas na defesa e na inclusão dos direitos dos afrodescendentes brasileiros, principalmente, por meio de políticas públicas. Por exemplo, em 1988, Abdias tornou-se um dos responsáveis pela instituição da Comissão do Centenário da Abolição e por seu desdobramento na Fundação Cultural Palmares.
No mesmo ano, a Constituição do país passou a contemplar a natureza pluricultural e multiétnica, a prática do racismo tornou-se crime inafiançável e, também pela primeira vez, se falou no processo de demarcação das terras de quilombos.
OUTROS FEITOS – A luta do militante não se resumiu aos feitos já citados. Em 1944 fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN), entidade que patrocinou a Convenção Nacional do Negro nos anos 1945 e 1946. Na Convenção foi proposta à Assembléia Nacional Constituinte a inclusão de políticas públicas para a população afrodescendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.
Como primeiro deputado federal afro-brasileiro (1983-1987) e como senador da República (1991, 1996-1999) dedicou seus mandatos à luta contra o preconceito. Foi responsável por projetos de lei que definiam o racismo como crime e pela criação de mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira.
Foi ainda nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000) e, em 2001, ganhou o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de Direitos Humanos e Cultura de Paz por seu ativismo.
O corpo de Abdias do Nascimento será velado na quinta e na sexta-feiras, 26 e 27, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O corpo será cremado e a intenção da família é de que as cinzas sejam jogadas na Serra da Barriga, em Alagoas, onde foi fundado o Quilombo dos Palmares.

Tributo

Militantes do Movimento Negro e admiradores manifestaram seu pesar e prestaram homenagens pela morte da liderança:

“Ao lamentar sua perda, transmito à família de Abdias Nascimento meu sentimento de sincera solidariedade. Estou segura de que seu legado continuará a inspirar a todos nós, brasileiros, a perseverar no caminho da igualdade e da justiça.”, Dilma Rousseff, presidenta da República.
“Nas mãos de Abdias do Nascimento, a bandeira de defesa da igualdade ganhou o caráter de luta do interesse de toda a Humanidade. Sem esquecer, ainda, que, por mais política que fosse, ele não deixou jamais de ancorá-la profundamente na cultura”, Ana de Hollanda, Ministra de Estado da Cultura.

“Ele é nosso Zumbi, nosso líder. Foi uma honra ter vivido esse tempo de heróis e ter convivido com esse bravo ser humano. O Brasil e em especial nós – afro-brasileiros –perdemos um dos mais importantes nomes da nossa história”, Benedita da Silva (PT-RJ)
“Um grande brasileiro que teve ao longo de sua vida dedicação e compromisso com a luta em defesa do povo negro, e com a história social e política dos negros. Que não calou no período da ditadura militar.” Senador João Pedro (PT-AM)
“Um gigante na luta contra o racismo” Senadora Marta Suplicy (PT-SP)
“Abdias é um ícone de luta e deixou uma herança de conquistas para nós, povo negro! À sua memória, honramos o caminho de guerra e conquistas que nos deixou com seu ensinamento de combatividade e resistência, para nós que militamos por um país mais justo e igual”, Luiz Alberto, deputado federal (PT/BA)

“Morreu Abdias do Nascimento, um homem que foi tantas coisas que é difícil enumerar e, em todas elas, foi um só: um brasileiro negro, que amou a arte, o conhecimento e as pessoas”, Brizola Neto, deputado federal (PDT/RJ)

“Muito triste com o falecimento do saudoso Abdias do Nascimento! Sua luta a favor da equidade de direitos entre raças é algo histórico! Nós, afrodescendentes, perdemos um grande líder, uma grande referência. O Brasil perde um ser humano fantástico! Descanse em paz, mestre!”, Netinho de Paula, vereador.
“Adeus Abdias Nascimento, Valeu por tudo!”, Jorge Washington, ator do Bando de Teatro Olodum

“O companheiro Abdias da Silva estará sempre presente entre nós, que seguindo seu exemplo de vida, continuaremos a lutar por um mundo sem racismo e contra todas as formas de exclusão, opressão e dominação, como nos ensinou esse mestre”, Flávio Jorge Rodrigues da Silva, Diretor da Fundação Perseu Abramo, militante da SOWETO – Organização Negra, e da direção da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).

“A trajetória deste incansável combatente contra o preconceito racial vai ficar marcada para sempre como fonte de inspiração inesgotável a advogados e outros militantes da área de direitos humanos, além de ser um registro indelével na história do Brasil”, Eduardo Pereira da Silva, presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB-SP.

“Ele nos deixa a responsabilidade dessa luta ser levada adiante. Como todos os grupos de teatro negro, somos herdeiros do Teatro Experimental do Negro. A presença dele agora está em nós”, Marcio Meirelles, diretor do Bando de Teatro Olodum

“Ele mobilizou a mocidade negra, é um exemplo de esforço e de resistência. Foi a figura essencial do movimento”, Mãe Stella de Oxossi, ialorixá.

“Morreu o nosso grande professor, liderança, referência. Ficamos muito mais fortalecidos quando o conhecemos”, Antônio Carlos dos Santos Vovô, presidente do Ilê Aiyê.

“É incontestável que Abdias Nascimento tenha exercido papel fundamental na garantia dos direitos à população negra. A sua morte é uma perda para toda a sociedade, mas o seu exemplo e as suas conquistas serão para sempre reconhecidos”, Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro.

“Ele foi um incansável defensor dos direitos humanos em geral. Deixou um legado fantástico. Considero um dos homens mais completos a nível de consciência e firmeza no servir ao Brasil”, frei David, da ONG Educafro.

“Ele era inspiração para todos nós. Guerreiro que tem um legado político cultural e educacional inestimável”, Lázaro Ramos, ator.

*Colaborou: Denise Porfírio e Maíra Valério.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Palmares cria selo para celebrar o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.

Palmares cria selo para celebrar o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes


terça-feira, 3 / maio / 2011 by Suzana Varjão
Por Suzana Varjão
No Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, a Fundação Cultural Palmares (FCP) criou um selo para celebrar a data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir o compromisso mundial de lutar contra o racismo e pela inserção de negros e negras em todos os espaços de cidadania. Fruto de criação coletiva, a marca será usada em documentos e peças promocionais da instituição.

O selo comemorativo exprime o compartilhamento de objetivos da Palmares e da Organização das Nações Unidas, por meio da fusão de elementos de suas respectivas marcas. Ao abraçar a causa dos povos da Diáspora Africana, a ONU abraça também as instituições que por ela trabalham – o que o componente gráfico da marca criada pela Palmares procurou traduzir, com o entrelaçamento das duas simbologias.
DISCURSO GRÁFICO – O slogan do selo-exaltação segue a tipologia da marca da Fundação, reforçando a referência à sua identidade visual – um discurso gráfico que busca notabilizar, internacionalmente, sua nobre missão, de proteger, valorizar e promover a cultura negra; uma forma de dizer que “acreditamos e apoiamos a campanha da ONU”, como pontua o presidente da Palmares, Eloi Ferreira de Araújo.
Quem quiser usar o selo comemorativo poderá baixá-lo diretamente do portal da Fundação, onde estará publicado também um sucinto manual de aplicação. A referência ao ano de 2011 foi propositalmente suprimida, uma vez que a intenção é usar o símbolo mesmo após o prazo formal da campanha, cujos desdobramentos ultrapassarão o período oficial das celebrações.
A campanha

“A comunidade internacional não pode aceitar que grupos inteiros sejam marginalizados por causa da cor de sua pele” (Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU).

O ato que instituiu 2011 como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes ocorreu em dezembro passado, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. E marcou a retomada das resoluções da III Conferência Mundial sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada há dez anos, na cidade de Durban, África do Sul.
Um dos signatários do documento que selou o pacto da comunidade internacional pelo fim do racismo, o Brasil reiterou o compromisso firmado nas conferências regionais de 2006 e 2008, quando foram avaliados os avanços e desafios da implementação do Plano de Ação de Durban na América Latina e Caribe; e na conferência de Revisão de Durban, ocorrida em Genebra, em 2009.

Dentre os mecanismos estruturados pelo Estado brasileiro para combater a discriminação racial e promover a inclusão e o desenvolvimento da população negra no País destacam-se a criação da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e a sanção da Lei 12.228, de 2010, conhecida como Estatuto da Igualdade Racial.

Quem somos

Criada em 1988, em decorrência da luta do Movimento Negro, a Fundação Cultural Palmares (FCP) é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira. Preocupada com a igualdade racial e com a valorização das manifestações de matriz africana, formula e implanta políticas públicas para potencializar a participação da população descendente de africanos escravizados nos processos de desenvolvimento do País .


Palmares Cria selo para celebrar o Ano Internacional dos provos afrodescendentes.

domingo, 1 de maio de 2011

MAIS UM PACOTE QUE VALORIZA A CULTURA NEGRA CHEGA AO CIRCUITO EDUCACIONAL BRASILEIRO - MATERIAL PARA SUBSIDIRAR O TRABALHO EM SALA DE AULA DE ACORDO COM A LEI 10639/2003

Mais um pacote que valoriza a cultura negra chega ao circuito educacional brasileiro


terça-feira, 26 / abril / 2011 by Daiane Souza

Denise Porfírio/FCP


Nos CDs, são registrados programas que valorizam a cultura afro-brasileira

Por Daiane Souza

Chega ao circuito educacional mais uma contribuição para o efetivo cumprimento da lei que obriga o ensino da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas: kits do projeto Mestres e Griôs do Brasil. Fruto de parceira entre a Fundação José de Paiva Netto e a Fundação Cultural Palmares (FCP), o material será entregue em bibliotecas, universidades, associações e instituições que valorizam o patrimônio imaterial do País.

Constituídos por dois DVDs, os pacotes exibem programas interdisciplinares de televisão sobre aspectos culturais afro-brasileiros. Eles integram um conjunto de iniciativas que buscam contribuir para a efetivação da Lei 10.639, de 2003, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas públicas e privadas do Brasil.

DISTRIBUIÇÃO – O diretor da Fundação José de Paiva Netto (FJPN) em Brasília, Enaildo Viana, entregou ao presidente Eloi Ferreira, na última terça-feira, 2.000 kits do projeto, para distribuição em instituições educacionais. O material não será disponibilizado a pessoas físicas, pois o objetivo é que sirva de apoio a professores de diferentes disciplinas, com num esforço para popularizar tradições de matriz africana.

Eloi Ferreira ressalta que o setor cultural do País tem dado importantes passos para o cumprimento da Lei 10.639, mas que é preciso muito mais para que seu objetivo seja plenamente alcançado. E lembra que a obrigatoriedade do ensino sobre a temática também está registrada no Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288, capítulo II), sancionado em 20 de julho de 2010.

PRÁTICA – Temas como tradição oral, congada, jongo e maculelê buscam ampliar a compreensão de professores e estudantes sobre a cultura negra. A professora Waldicéia de Moraes Teixeira da Silva, da Secretaria de Educação do Distrito Federal, crê que a escolha do público-alvo foi a acertada. “É a comunidade escolar de hoje que vai mudar a visão das gerações futuras”, pontua.
Waldicéia destaca ainda que os materiais que vêm sendo produzidos para dar visibilidade à cultura afro-brasileira são de extrema importância para o resgate da identidade de um país que ainda se utiliza de referências européias para ensinar. “Até pouco tempo, o Estado e os movimentos se preocuparam em divulgar apenas o que já é popularizado, como o Hip Hop. Precisamos trabalhar com o que é nosso”, completa.

Negra, Armênia da Silva Santos, estudante do segundo semestre de Pedagogia das Faculdades Integradas Unicesp, já pensa em como trabalhar a história da África e dos afrodescendentes em suas aulas. “Tenho em mente oficinas para despertar os alunos para a importância da preservação das tradições”, conta. “O uso do material facilitará o ensino, concretizando o que será explicado em sala de aula”, conclui.

GRIÔS

Os Griôs são povos que carregam o dom da oratória e transmitem sabedoria popular com facilidade. Meio nômades, são líderes de grupos culturais, geralmente músicos e poetas de cultura popular, na maioria de origem negra, como capoeiristas, congadeiros e jongueiros. Na definição de Thomas Hale (1988), “são responsáveis por uma sabedoria e uma arte verbal presentes nos rituais da vida social”.

ENTREVISTA

Foto: Suzana Varjão / FCP



Gravação do programa com o presidente da Palmares (D)



Durante a visita de Enaildo Viana, diretor da Fundação José de Paiva Netto (FJPN) em Brasília, o presidente Eloi Ferreira concedeu entrevista ao programa Boa Vontade Entrevista. Nela, o presidente fala das ações implementadas pela Fundação Cultural Palmares (FCP) com vistas à valorização da cultura dos povos afrodescendentes. A previsão é de que o programa seja transmitido esta semana pela emissora Boa Vontade TV (canal 23 da Sky), em dia e horário a serem definidos.



2011 foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.

OBSERVAÇÃO: (MARIA LUCIA) -  Se antes falavamos que a nossa dificuldade de trabalhar a Lei 10639/2003, era o material, agora esta dificuldade não existe. Temos muitas bibliografias, reportagens , DVDs
Youtbe com vídeos, TV Escola  revistas ...

REPORTAGEM: NO ANO INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES, A VOZ DA PELE FALA ALTO. REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ) PARTE 04

REPORTAGEM: NO ANO INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES, A VOZ DA PELE FALA ALTO. REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ) PARTE 03

REPORTAGEM: NO ANO INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES, A VOZ DA PELE FALA ALTO. REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ) PARTE 021

REPORTAGEM: NO ANO INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES, A VOZ DA PELE FALA ALTO. REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ) PARTE 01

CARTA AO LEITOR (FAMÍLIA CRISTÃO/MAIO